segunda-feira

Gola rulê, o retorno

É rulê, rolê ou roulé, como em francês? Seja como for, ela está de volta. Hoje, depois de mais de vinte anos, vesti uma malha preta com essa gola alta, que alonga e define o pescoço. Foi olhar no espelho e ter a sensação imediata de déjà vu, ou seja, de algo já visto e muito conhecido.

A gola alta foi uma grande moda desde os anos 1940 em Paris, onde os filósofos, alunos e artistas andavam pelos cafés destilando mau humor e tédio em seus looks existencialistas que consistiam numa calça de veludo, uma gola rulê preta e um paletó de tweed por cima; os mais jovens usavam a blusa sem paletó, com calça também preta e um cigarro eternamente aceso entre os dedos. Os cafés ficavam lotados desses personagens falantes e interessantes.  A roupa tornou-se um uniforme de intelectual, símbolo de desprezo pela sociedade burguesa.

Gilles Deleuze, Michel Foucault

Nos anos 1970, voltou a ser usada e fez grande sucesso entre os homens porque a gola substituía com charme e descontração o uso da gravata. Vinha acompanhada de calça jeans e paletó de tweed ou jaqueta de camurça. Manteve-se em moda por mais uma década, até o final dos anos 1980.


Diane Keaton, Audrey Hepburn 

Hoje ela se renova com calças skinnies, com leggings e com saias de todos os comprimentos. Dá um super acabamento a paletós, blazers, jaquetas. Acho que vai pegar; é bonita, dá um realce extra a uma simples malha preta e afina rostos e silhuetas.

Phoebe Philo por David Sims



Fonte: http://chic.uol.com.br/

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